Praias, hotéis e tartarugas atraem famílias de paulistanos para Bahia

No fim da tarde, a praia chama para um passeio. A cada passo, a pegada deixada na areia fofa é encoberta pelo balanço das ondas e a sombra dos coqueiros, companheiros do começo ao fim de trajeto.


A faixa de areia clara, com alguns trechos rochosos e 14 quilômetros de extensão, e o mar azul-esverdeado —que parece infinito aos olhos—, compõem a paisagem da Praia do Forte, no litoral baiano, a cerca de 60 km de Salvador.


Nos fones de ouvido, canções de Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil se misturam com o gingado infinito da maré que, quando baixa, deixa à vista pequenas piscinas naturais. Elas viram a diversão das crianças que se banham no local.


Ao longo do caminho, a imensidão azul passa a sofrer interferências de vermelho, amarelo, laranja, roxo e verde —são os cascos e toldos dos barcos de pesca, que se multiplicam por ali.


Andando mais um pouquinho, chega-se à charmosa Vila. O coração desse badalado e bem estruturado centrinho é a praça da igreja de São Francisco. De lá, saem ruas restritas para pedestres onde ficam enfileirados restaurantes, bares e lojinhas. Uma boa parada é o Bar do Souza, com seus famosos bolinhos de peixe.


Quem marca presença por lá são os vendedores ambulantes: há hippies mostrando brincos, colares e pulseiras, homens anunciando passeios turísticos e baianas vendendo acarajé. Na orla, bares montam mesas e cadeiras de praia para quem prefere ficar em frente ao mar. Uma dica é chegar cedo para garantir um lugar na sombrinha das árvores.


Para quem pretende se hospedar na Vila, há uma variedade de pousadas e hotéis. Na região, estão localizados grandes resorts que valem a visita, como o Iberostar e o Tivoli Ecoresort.


TARTARUGAS


A poucos metros da igreja está localizada a sede do Projeto Tamar. Criada em 1982, é um dos principais pontos turísticos da região -aproximadamente 600 mil pessoas passam por lá todos os anos.


A preocupação com o meio ambiente rege o projeto, que estuda e protege tartarugas marinhas e também está presente em Estados como Sergipe, Ceará, Santa Catarina e São Paulo –a base paulistana fica na praia de Ubatuba.


Entre tanques e aquários, são 600 mil litros de água salgada que reúnem exemplares da fauna marinha da região e de quatro das cinco espécies de tartarugas da costa nacional: tartaruga-verde, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente e tartaruga-oliva. Há visitas programadas para escolas, universidades e grupos fechados, com duração média de uma hora (R$ 24 a inteira e R$ 12 a meia entrada).


As noites de sábado no local contam com mais um atrativo: as Serenatas do Tamar. O evento intimista, à beira-mar, embala os visitantes em um jantar com pratos típicos e música ao vivo.

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