Tamar: uma história em defesa das tartarugas marinhas

Desde 1981, as tartarugas marinhas contam com um fiel aliado: o Projeto Tamar. São quase 40 anos de história, nos quais sua missão é promover a recuperação das tartarugas marinhas, desenvolvendo ações de pesquisa, conservação e inclusão social. Atualmente, o principal braço de proteção do Tamar se encontra na Praia do Forte e é referência para as outras bases espalhadas no Brasil. Vamos relembrar como essa história começou?


O início de tudo


Em junho de 1981, quando os pesquisadores do TAMAR chegaram, Praia do Forte era uma pequena vila com 500 moradores, sem luz elétrica, onde se chegava atravessando de balsa pelo Rio Pojuca. A relação com a comunidade foi nascendo aos poucos e foi fundamental nesse processo. Com uma melhor estrutura de trabalho, dedicação e conscientização dos moradores e veranistas, a base de pesquisa e o centro de visitação foram se consolidando.


O Museu do TAMAR da Praia do Forte foi criado em 1982. Junto com a base de pesquisa, ocupa uma área total de 10 mil m², cedida pela Marinha do Brasil/Comando do IIº Distrito Naval, no entorno do farol Garcia D’Ávila. A biodiversidade, a beleza natural e a riqueza histórica e cultural desta região turística fazem do Museu um dos mais frequentados do Brasil.


Entre os 5 museus mais visitados do Brasil


Atendendo a cerca de 600 mil pessoas/ano, entre membros da comunidade, estudantes, pesquisadores e turistas brasileiros e estrangeiros, o Tamar está entre os 5 museus mais visitados do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM. Entre tanques e aquários, são 600 mil litros de água salgada com exemplares da fauna marinha da região e de quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, em diferentes estágios do ciclo de vida. Multimídia, cinema, vídeo, aquários, tanques, exposição permanente de painéis fotográficos, loja e restaurante compõem o espaço.


Temporada reprodutiva


Durante a temporada reprodutiva das tartarugas marinhas, é possível acompanhar o manejo dos ninhos transferidos das áreas de risco, nas praias, para o cercado de incubação. Como acontece nos ninhos naturais, os filhotes nascem quase sempre à noite e são soltos ao mar imediatamente. No dia seguinte, os ninhos onde os ovos eclodiram são abertos para estudo e nesse momento ainda se encontram muitos filhotes que não conseguiram alcançar a superfície para sair do ninho. Eles são recolhidos e liberados ao mar no fim da tarde, na praia próxima ao Museu do TAMAR, em solturas que sempre têm público, incluindo turistas e a comunidade local.


As solturas são mais uma ótima oportunidade para saber mais informações sobre o comportamento e ciclo de vida desses animais ameaçados de extinção. Monitores ficam disponíveis para tirar dúvidas do público e vão explicando o que acontece desde que os filhotes saem do ninho, até que seguem em direção ao mar.


Atualmente, o Projeto Tamar de Praia do Forte protege cinco espécies de tartarugas marinhas que continuam ameaçadas de extinção, segundo critérios das listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Das cinco, quatro desovam no litoral – e, por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas: cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e de couro (Dermochelys coriacea). Em 2019, o Projeto Tamar alcançou a marca de 40 milhões de tartarugas protegidas.


Poderíamos ficar aqui falando sobre essa experiência de conservação marinha reconhecida internacionalmente, mas nenhum texto é capaz de traduzir a grandiosidade e importância do Projeto Tamar. Quer saber mais informações? Acesse https://www.tamar.org.br/ e programe-se para em breve ter uma experiência inesquecível em Praia do Forte.

Compartilhe

Newsletter

Descubra antes de todos as novidades que fazem deste lugar um paraíso inesquecível.

Publicações Recentes